Bebedouro: comunidade aproveita Parlamento para exigir mudanças no trânsito

Em sua sétima edição, o Parlamento na Praça foi realizado na manhã desta sexta-feira (23) no bairro histórico de guia Bebedouro. A edição provocou um burburinho na comunidade local, que aproveitou o ensejo para reclamar principalmente da recente mudança no trânsito que, com a criação da alça viária da antiga Rua 25 de Dezembro que virou Av. Vereador Bruno Ferrari,o trânsito que já era caótico no bairro ficou ainda mais lento.

Moradora do bairro há 45 anos, dona Oliséia Amorim, de 78 anos, lembra emocionada da antiga tranquilidade em que vivia. “Antigamente nós comemorávamos as festas de fim de ano nesta rua (antiga 25 de dezembro), hoje não consigo sequer assistir televisão.

A neta de dona Oliséia, a estudante de direito Marília Taya, explica que os moradores acordaram com o barulho de picaretas e outras máquinas e se depararam com a reforma sem aviso prévio. “Ninguém perguntou aos moradores se queríamos isto. Simplesmente acordamos e nos deparamos com as mudanças no trânsito. Isto é um verdadeiro desrespeito à nossa comunidade. Nós elegemos os representantes do poder, nós pagamos IPTU e nós fomos os últimos a tomar conhecimento. Fizeram sem nos ouvir, sem perguntar nossa opinião e sem analisar os prejuízos que isto iria nos causar,” relatou Marília.





Os prejuízos aos quais a estudante se refere foram registrados por eles mesmos e apresentados durante o Parlamento através de um DVD entregue à vereadora Heloísa Helena minutos antes de começar a sessão. “Acontece de tudo. Não tem lugar para estacionarmos nossos carros, nem mesmo para pessoas que têm comércio como buffet ou clínica veterinária; os motoqueiros sobem as calçadas para fugir do trânsito; um caminhão rompeu uma fiação e ficamos quatros dias sem telefone e internet; a poluição sonora é insuportável; as crianças que estudam no Colégio Alberto Torres ficam à mercê dos motoqueiros que não respeitam a faixa de pedestres e o fluxo de veículo – razão pela qual foram feitas as alterações – está ainda mais lento. Eu convido o prefeito, o superintendente da SMTT e o engenheiro de trânsito responsável por isso para vir aqui no horário entre 17h e 22h e depois eles podem dizer se ficou melhor ou não o trânsito. Além do mais não levaram em consideração que Bebedouro é um bairro histórico. Eu entendo que a cidade está crescendo, mas o crescimento não pode desconsiderar e tampouco descaracterizar a cultura de cada região”, esbravejou a estudante.

O próprio presidente da Câmara disse ter conversado com moradores e se comprometeu em falar com os órgãos responsáveis em busca de uma solução. “Por isso defendo tanto o Parlamento na Praça. Estamos a pouco mais de três quilômetros da Câmara, mas foi preciso vir até aqui para ouvir o apelo das pessoas. Além do trânsito, também recebi reclamações sobre a segurança”, falou Galba voltando a alfinetar o ‘calcanhar de Aquiles’ do Governo Téo.

O presidente também negou que a escolha do bairro tenha intenções eleitoreiras. “Bebedouro não é meu único reduto eleitoral. Aqui recebi meu maior número de votos, mas fui o segundo mais votado. Eu venho de uma família que realiza trabalhos sociais sem intuito de angariar votos. A ideia de fazer o Parlamento aqui (Bebedouro) foi do vereador Davi Davino (PP), concluiu Novaes.

Como de praxe, durante a sessão itinerante a comunidade presente ao evento pôde usufruir de vários serviços gratuitos como exames médicos, cortes de cabelo, consultas oftalmológicas e emissão de documentos.

Fonte: Alagoas 24 horas





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